Confira
Confira alguns desafios e oportunidades apontados pelo novo modelo de sites compartilhados.
A Anatel publicou recentemente, em 28 de Setembro de 2017, o “Regulamento de Compartilhamento de Infraestrutura de Suporte à Prestação de Serviços de Telecomunicações”, Resolução Anatel nº 274/2001, estabelecendo as novas regras para o compartilhamento de Torres para Telecomunicações, dutos e postes em poder das operadoras.
Entre as mudanças, estabeleceu um prazo para que as empresas de telecomunicações lancem ofertas públicas de suas infraestruturas - o que acelera o aquecimentos desse mercado. Hoje, a maior parte das grandes operadoras já venderam suas torres para empresas especializadas na locação dessa infraestrutura.
O aumento das chamadas “Sharings”, empresas de compartilhamento de sites de telecomunicações, é uma realidade inquestionável. No Brasil, há pelo menos cinco grandes Sharings atuando nesse segmento. No topo, está a americana American Tower, com mais de 18.000 torres em solos brasileiros. Em seguida, a também americana SBA, com cerca de 8.500 torres, e o Grupo Torresur, com aproximadamente 6,500 torres, de acordo com os websites das próprias empresas e com a Towerxchange.
Os rumos desse mercado apontam também novas oportunidades para as empresas de fabricação de Torres para Telecomunicações, que devem adaptar-se à novas demandas. Opções pré-formatadas, porém flexíveis, ou modulares, são uma tendência real frente às variáveis principais que determinam os cálculos dos projetos de fabricação.
O mapa de vento, de acordo com a região da instalação, e o peso, considerando a quantidade de antenas a serem fixadas, são as principais variáveis. Parâmetros que indicam os padrões de enrijecimento e robustez de cada torre. Uma vez flexibilizadas essas peculiaridades, é possível aplicá-las a todos os modelos básicos de torres autoportantes (com bases triangulares ou quadradas).
Outras nuances desse mercado, como a adesão de antenas multimagem, maiores e mais pesadas, também apontam para necessidades de flexibilidade. Assim como a disposição de 3 antenas, separadas entre elas a 120 graus, proporcionando 360 graus de área de cobertura. Sinais de mudanças pró qualidade, especialmente em áreas rurais, que reforçam os novos rumos.
Hoje, as empresas de fabricação de Torres para Telecomunicações ainda trabalham com projetos padronizados. Mas a tendência de desenvolver famílias de torres, capazes de suprir planejamentos de expansão, é uma realidade. Por exemplo, uma torre de 40 metros, composta por uma base de 4 metros, com possibilidades de integrar até 6 módulos de 6 metros cada.
Com projetos pré-formatados, fabricante e comprador ganham mais agilidade, reduzindo o tempo de engenharia para os projetos. Da mesma forma, as negociações de orçamento tornam-se mais objetivas, considerando preços pré-definidos. Ganhos também em tempo de fabricação, possibilitando o desenvolvimento de uma linha de produção mais rápida e eficiente.
Todas as possibilidades de evolução de formatos para a fabricação de Torres para Telecomunicações nos mostram o quão dinâmico é esse segmento. E ser competitivo nesse mercado, não significa necessariamente ter um preço menor que o dos concorrentes. Estar sempre um passo à frente, com disponibilidade e gosto pela inovação, leva fabricantes de torres a ocuparem lugares cada vez mais relevantes em toda a cadeia.
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Fontes: Reynaldo Abujamra e Telesintese